Fala de Gilmar sobre STF irar a China vira meme nas redes

“Nós todos somos iradores do regime chinês, do Xi Jinping', declarou ministro decano durante sessão da Corte

BATANEWS/PODER360


Na imagem acima, uma montagem do ministro Gilmar Mendes vestindo um traje típico com a bandeira da China

A fala do decano do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, sobre a China inspirou memes nas redes sociais na 4ª feira (11.jun.2025). Durante sessão na qual o Supremo debateu a responsabilização das plataformas digitais sobre os conteúdos publicados por seus usuários, o magistrado afirmou que todos os integrantes da Corte iram o regime comandado por Xi Jinping (PCCh).

No entanto, ao citar um ditado atribuído à liderança chinesa, se confundiu, dizendo que a expressão “não importa a cor do gato, mas que ele cace o rato' era de Xi Jinping.

“É… Um pouco na linha nós todos somos iradores do regime chinês, né, do Xi Jinping, né, que diz assim: ‘O importante… A cor do gato não importa, o importante é que ele cace o rato, né. E essa coisa do público e do privado…', afirmou.

O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, o corrigiu, esclarecendo que a frase era de Deng Xiaoping (1904-1997), que liderou a China durante os anos 1980.

A “Teoria do Gato' de Deng Xiaoping foi uma diretriz que guiou as reformas econômicas da China. Ela defendia que a “cor do gato', ou seja, o modo de produção, era uma questão secundária.

O que realmente importava era a sua capacidade de “caçar o rato', ou seja, promover o desenvolvimento econômico e melhorar a vida da população. Isso significou a abertura da China aos mercados globais por meio de reformas que marcaram a China pós-Mao Tsé-Tung (1893-1976).

Na 4ª feira (11.jun), o STF decidiu ampliar a responsabilização das redes sociais por conteúdos publicados por usuários. A maioria foi formada com o voto de Gilmar Mendes. Ele considerou parcialmente inconstitucional o artigo 19 do Marco Civil da Internet. Leia a íntegra da tese proposta pelo decano da Corte (PDF – 160 kB).

Com isso, o placar ficou em 6 a 1 para ampliar a responsabilidade das redes sociais. Ainda faltam votar os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e Cármen Lúcia. O julgamento será retomado nesta 5ª feira (12.jun) com o voto dos demais ministros.

Na prática, há 6 votos para ampliar, de diferentes modos, a responsabilização das redes sociais. O único a divergir foi André Mendonça. Até o momento, este é o placar do julgamento: